terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Recomeçar

Ano novo, texto novo... Já tinha algum tempo que não parava para escrever algo. Acho que voltei na hora certa. :)

Parece que sai do casulo, amigo. Meus dedos enferrujados espreguiçam-se e sinto novamente aquela sensação estranha de maternidade invadindo meu corpo, tomando minhas veias e entupindo meu coração e pulmões de ar fresco, ar repleto de oxigênio nascente, inundando o mundo e a mim mesmo. Há quanto tempo não nos víamos, hein? Nós, que tantas dores e amores dividimos, que em tantos momentos sorrimos e choramos... Pena que pouca coisa mudou desde a última vez que te vi. Os homens ainda buscam fogo e a guerra perdura nas almas abandonadas de nossa infeliz espécie. Há se tudo houvesse mudado... Mas repito, pouca coisa mudou. Meus olhos também não são mais os mesmos. Sinto que estão mais cansados e minhas pernas também, assim como meus ouvidos, meus braços... Amigo, ainda vale a pena permanecer aqui, nessa esfera azulada que gira e não consigo acompanhar, e gira e gira.... O ar falta em meus pulmões e peço um café. Não, melhor dois, o cansaço é tanto... Não sei por que, mas ultimamente a saudade me persegue impetuosa, como um cão sarnento, entre as ruas, as esquinas, persegue-me incansavelmente. E eu giro, giro, mas sou tão pequenino, tudo é imensidão. As nuvens me divertem... Voltar a escrever desde... Desde quando mesmo? Não importa, é hora de recomeçar. O céu se enche de cores e formas de todos os tipos, estrondos, suspiros... Papel e caneta, coração e mente, tudo uma coisa só. Imagine se cada letrinha que escrevo tivesse o poder de ser o que gostaria que fosse, estar onde gostaria que estivesse? Coisa estranha, hein? Melhor é deixá-las livre, assim, circulando pelos quatro cantos do planeta, pelos milhares de outros universos paralelos... Liberdade: minha meta para 2007. “Irmãos: nesse ano que adentra buscaremos sem medir esforços essa desejada maravilha, esse elixir sagrado. E digo mais: tudo é permitido, desde que nada prejudique o próximo”. Porém deixemos que o tempo cultive as promessas e as sementes do amanhã, paciência... Mas agora, com a sua licença, amigo, vou-me embora que já é tempo de despertar para a vida, sabe como é... Coisas de gente grande. Até mais!

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